Fase de definição do Design Thinking

Dicas para a fase de Definição do Design Thinking

Tempo de leitura: cerca de 7 minutos

Tópicos:

  • Experiência do cliente

Design Thinking é bastante usado por designers de UX e UI que buscam oferecer uma experiência positiva para o cliente. O Design Thinking é um processo criativo e iterativo e baseia-se em uma compreensão aprofundada do público-alvo, do consumidor e dos usuários para quem o design está sendo projetado. 

Existem 5 fases do Design Thinking e cada uma acrescenta ao passo anterior. A segunda fase, a da Definição, é especialmente interessante por vir logo depois da primeira, da Empatia, ajudando você a obter seus dados e começar a perceber os resultados de seu trabalho inicial.

Vamos ajudá-lo nesta segunda etapa para que você possa dar continuidade à sua jornada de Design Thinking.

O que é a fase de Definição do Design Thinking? 

Imagine que sua equipe foi reunida para solucionar um grande problema de marketing. No entanto, não foi definido qual seria esse grande problema, então a equipe de marketing cria soluções para processos de marketing por e-mail, problemas de concepção de marketing para as redes sociais e diferentes maneiras de melhorar a qualidade do café na copa da empresa. Sem direção, não tem como saber o problema que deveria ser solucionado e você fica perdido. 

A fase de Definição do Design Thinking identifica o problema que os designers estão tentando solucionar e incentiva todos a focarem na mesma solução. Essa fase também ajuda a definir o problema de forma prática: ele deve ser amplo, mas não impreciso; e objetivo, mas não limitante. O ideal é resumir o problema em uma única frase. 

4 perguntas fundamentais para a fase de Definição 

A melhor maneira de entender o problema é fazer uma análise a partir de diferentes perspectivas, mesmo sendo uma tarefa intimidadora e um tanto confusa. Felizmente, existem guias para ajudá-lo. Ao responder a algumas perguntas importantes, você conseguirá elaborar uma definição melhor para o problema.

  1. Quem está tendo o problema? É o seu usuário principal. Comece definindo seu usuário-alvo, assim como seus desejos, motivações e como interagem com seu produto. Se não souber quem você está tentando ajudar, você não conseguirá agregar valor à vida do cliente. 
  2. Qual é o verdadeiro problema do seu usuário?Se você está criando uma plataforma de compra de automóveis, talvez você acredite que o problema que precisa solucionar é como oferecer uma maior variedade de opções de compra. Porém, talvez o seu usuário principal não precise de uma grande variedade de opções: ele é simplesmente indeciso. Analise os pontos problemáticos que você identificou durante a fase de Empatia e defina o que o usuário realmente precisa. Você também pode fazer um brainstorming para encontrar diferentes soluções para o problema. 
  3. Onde está o problema?Isso é uma questão importante para os designers de UX pois o problema pode estar apenas em uma área específica (p. ex., no aplicativo de celular, na versão desktop, em uma parte específica do produto etc.). É um ótimo passo porque permite focar em uma área específica. Ou, se o problema estiver em diversas áreas, você conseguirá entender melhor os contextos nos quais ele deve ser corrigido. 
  4. Por quê? Essa pergunta talvez seja a mais importante das quatro, pois ela propõe o que significaria para o seu usuário se o problema fosse resolvido. Qual valor seria agregado para o usuário? De forma geral, ao resolver o problema do usuário, como isso afetaria sua empresa? 

Práticas recomendadas para a fase de Definição

Assim como há perguntas para ajudá-lo a concluir a fase de Definição, também existem diversas práticas recomendadas que você deve seguir nesta fase do Design Thinking. 

Use uma declaração de ponto de vista (PDV)

Essa declaração é o resumo do seu trabalho. Ela define quem é seu usuário, quais suas necessidades e quaisquer elementos ou ideias marcantes que você tenha obtido em sua pesquisa. A declaração pode seguir uma fórmula: (usuário) precisa (verbo) porque (elemento ou ideia marcante).

Portanto, em nosso exemplo de plataforma de venda de automóveis acima, a declaração de ponto de vista poderia ser algo como: “Brian, o comprador de carro indeciso, precisa que o carro perfeito seja apresentado a ele porque ele não tem a confiança necessária para fazer uma compra de valor elevado como essa.” Mantenha a declaração de PDV centrada no usuário. 

Pergunte “como podemos?”

Ao criar a declaração de PDV, você pode definir oportunidades para solucionar o problema do usuário por meio do design. Analise sua declaração de PDV e faça brainstorming de tópicos relacionados ao problema. Em seguida, acrescente “Como podemos...” no início desses tópicos e problemas para transformá-los em uma pergunta. Por exemplo, usando a declaração de PDV acima, algumas perguntas de “Como podemos” poderiam ser:

  • Como podemos descobrir qual o carro que o Brian quer?
  • Como podemos deixar o Brian mais confiante?
  • Como podemos apresentar opções de financiamento da melhor forma possível?

Suas declarações de “Como podemos” devem ajudá-lo a criar diversas soluções possíveis, inclusive as mais extravagantes ou inviáveis. O objetivo é gerar uma série de soluções para que você possa escolher as mais válidas e priorizá-las. 

imagem da fase de definição

Use os 5 porquês

 

A técnica dos 5 porquês foi desenvolvida pela Toyota em seu treinamento de resolução de problemas para revelar a origem de problemas. Deve-se fazer uma pergunta inicial e, em seguida, perguntar “por quê?” para cada resposta obtida. Portanto, no exemplo do Brian, seria algo como:

  1. Por que o Brian não tem confiança suficiente para comprar um carro novo? Porque as opções o deixaram confuso.
  2. Por que as opções o deixaram confuso? Porque ele acredita que não tem o conhecimento necessário sobre carros para tomar uma boa decisão.
  3. Por que ele acredita que não tem o conhecimento necessário sobre carros? Porque quando ele tenta comprar um carro, ele não sabe quais perguntas deve fazer. 
  4. Por que ele não sabe quais perguntas deve fazer? Porque ele não sabe quais os aspectos mais importantes para ele em relação ao carro.
  5. Por que ele não sabe quais os aspectos mais importantes para ele em relação ao carro? Porque ele nunca teve que pensar sobre nisso.

Portanto, a origem da falta de confiança do Brian para comprar um carro novo pode ser que ele não sabe o que realmente quer. Uma possível solução seria oferecer um questionário no seu produto para ajudar o Brian a descobrir suas principais prioridades para comprar um carro.

A escada do por que/como

Essa técnica é usada para descobrir uma variedade de necessidades do usuário, e as ações que podem ser tomadas para atender a essas necessidades. A escada começa fazendo uma pergunta importante e, em seguida, é perguntado "por quê?" várias vezes até que surja uma declaração mais abstrata contendo sentimentos essenciais do usuário. Em seguida, pergunte “como” em relação a cada declaração abstrata. Isso vai gerar uma hierarquia das necessidades do seu usuário que pode ajudar você a elaborar uma variedade de soluções.

Obtenha e analise histórias de usuários

Ao analisar histórias de usuários em um mapa da história do usuário, você poderá determinar quais tarefas e atividades causam maior desconforto para seu usuário e, em seguida, elaborar soluções para esse desconforto. 

Se você sabe, por exemplo, que o Brian não gosta de fazer login em sites, você pode pensar em soluções alternativas para criar uma senha e nome de usuário. Ao visualizar um mapa da história do usuário, ficará mais fácil ver onde estão as oportunidades.

roteiro do projeto
Exemplo de mapa de história do usuário (clique na imagem para modificar on-line)

Experimente análise e síntese

Ao estabelecer sua declaração sobre o problema, você pode dividi-la em diferentes partes. Em seguida, veja cada parte e determine as soluções certas para esse segmento do problema. 

Pronto! Agora você tem todas as ferramentas e dicas necessárias para identificar qual problema você realmente vai solucionar e por que será importante para o cliente.

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